“Enquanto você grita para tentar impor respeito, a criança aprende que gritar é a forma de ter poder.”
Essa frase pode parecer dura — mas ela não é uma crítica a você, professora. É, na verdade, um convite à reflexão.
A verdade é: o problema não está em você.
Você não está errando. O que falta, na maioria das vezes, é o preparo emocional e comportamental que a formação inicial não ofereceu.
Você foi preparada para ensinar conteúdos, não comportamentos
Muitas educadoras saem da faculdade com ótimas ferramentas pedagógicas. No entanto, poucas recebem formação prática sobre como lidar com birras, crises, gritos ou comportamentos agressivos.
Essa lacuna gera insegurança. E quando nos sentimos inseguras, é comum recorrer ao que conhecemos: gritos, castigos, controle pela força.
Mas será que essa é a melhor resposta?
O ciclo silencioso que alimenta o bullying
Ao usar a força para controlar a criança, sem perceber, ensinamos que quem grita mais, manda mais.
Com isso, o respeito é confundido com medo. E o poder passa a ser medido pelo tom de voz ou pela ameaça mais eficaz.
A criança, então, reproduz esse modelo entre colegas.
É assim que o bullying nasce: não como crueldade espontânea, mas como imitação do que ela vê e sente.
O que a ciência já comprovou
Diversos estudos indicam que ambientes autoritários, com pouca escuta e excesso de imposição, favorecem:
- Aumento de conflitos e agressividade
- Sentimento de insegurança entre os alunos
- Redução da empatia e da cooperação
De acordo com o Child Development Journal (Wang & Degol, 2020), crianças expostas a práticas autoritárias apresentam mais comportamentos agressivos.
Além disso, a Harvard Graduate School of Education destaca que relações emocionais positivas com adultos na escola são um fator essencial na prevenção do bullying (Jones et al., 2018).
Você não precisa gritar menos — precisa se sentir mais segura
A solução não está em ceder. Tampouco em se tornar mais rígida.
Ela está no equilíbrio. E esse equilíbrio nasce quando você se sente segura emocionalmente para agir com intenção, não com reatividade.
É exatamente isso que propõe a Educação Neuroligada.
O método dos 3 L’s para lidar com a indisciplina sem gritar
Através da Educação Neuroligada, você aprende a construir autoridade sem autoritarismo.
Com base em neurociência, práticas respeitosas e estratégias reais, o método é dividido em três pilares:
- Ligar-se a si – reconhecer seus próprios sentimentos e limites
- Ligar-se à criança – identificar o que está por trás do comportamento, não apenas reagir a ele
- Ligar-se ao todo – fortalecer o vínculo, criar segurança emocional e promover cooperação
Esses três passos mudam não apenas a criança. Eles transformam você como educadora.
Você não está sozinha nessa
Talvez você sinta que está tentando dar conta de tudo — e ainda assim termina o dia exausta.
Em alguns momentos, pode ir para casa com a sensação de que falhou, mesmo tendo feito o seu melhor.
Ou então, pode perceber que está sempre se cobrando por não conseguir manter tudo sob controle.
Saiba: isso não é fraqueza. É sobre falta de apoio — e não de capacidade.
Comece com um passo. Não precisa ser perfeito — só precisa ser seu.
Você pode continuar tentando “impor respeito” no grito…
Ou pode escolher construir respeito de verdade — com ciência, conexão e consciência.
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💡 E se quiser aprofundar ainda mais esse tema, não deixe de conferir o post:
👉 “Como as emoções impactam na aprendizagem”
Lá, você vai entender como o acolhimento emocional transforma o comportamento e potencializa o aprendizado dentro da sala de aula.